terça-feira, 15 de março de 2016



Lado a lado, a solidão
E a memória queimada
Da infância. Falhas
Na superfície lisa do tempo

Aceleram a rapidez
Da queda no abismo.
Lado a lado, a sombra
E a cor distorcida

De um mar demasiado
Longe, onde não
Se naufraga. A cor

Do céu ausente,
Feito da ilusão de tudo
O que é lembrado.

  Almeida, Rui. A solidão como um sentido, seguido de Desespero. Póvoa de Santa Iria: Lua de Marfim, 2016, p 11.
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