sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Paul Claudel (6/8/1868 - 23/2/1955) poeta e dramaturgo francês é, ainda hoje, uma figura controversa do mundo das letras. O seu catolicismo acirrado, as suas posições vincadamente de direita: Claudel chegou a dedicar um poema - em 1940 - ao Marechal Pétain (Paroles au Maréchal) logo a seguir à derrota da França frente à Alemanha e, em 1913, tinha já sido o responsável pelo internamento num hospital psiquiátrico da sua irmã mais velha, a escultora Camille Claudel, que ali permaneceu 30 anos e que, durante todo esse tempo, o escritor visitou apenas sete vezes. No entanto, apesar do seu exacerbado conservadorismo, não consta que Paul Claudel tenha simpatizado com as ideias fascistas da época, aliás, simpatizou sim, e bastante, com De Gaulle a quem dedicou também um poema. Em L'annonce faite à Marie , Paul Claudel desenvolve uma fascinante e bem tecida intriga em torno de temas caros ao seu catolicismo: o mal, a santidade, a busca da perfeição, o milagre, a dádiva de si ao outro, etc.
Sobre estes temas poderá ver os filmes: A Paixão de Camille Claudel de Bruno Nuytten, com Isabelle Adjani e Gérard Depardieu e também A anunciação feita a Maria de Alan Cuny, filme premiado no Festival de Berlim de 1992.
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