terça-feira, 11 de agosto de 2015





Não sei o que fiz antes de te amar.
Não sei que vão comércio ou vã empresa,
Que Estrada percorri, que luz acesa
Deixei pra que voltasse pra apagar.
Foi tudo um sono, um rente entorpecer.
O que fizemos nós, tão sós no mundo?
Não sei que vão pensar meditabundo
Tornou sua razão razão de ser.
Nem lembro... somos breves, uma onda
Que quebra no olhar sua saliva
E a renda delicada rende aos seixos...
Mas hoje a minha vida quero-a viva!
Pensei que eram vigílias meus desleixos...
Agora a minha noite o dia ronda.




    Jonas, Daniel. Nó. Porto: Assírio & Alvim, 2014, p 20.
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