sábado, 6 de junho de 2015



  "  Deste-me a um rio "


Deste-me a um rio e eu me fiz águia
para trefegar sobre o fluxo.
Córrego fui. Amálgama.
Compêndio onde a flor descansou
o ocaso.


Dormi em ti
provei do fruto
condenei o futuro a custo de uma verdade.


Em tuas américas cresci
- e mesmo sendo uno -
morei entre dois continentes:
palavras.


  Silvério, Diego Nogueira. acervo de pássaros em desuso. Fortaleza:  Projeto gráfico/ Editoração e Diagramação, 2015, p 50.
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